
Sem ti,
seria como um sonho confuso.
Um mundo sem cor.
Sem relevos sutis.
Sem centelhas de tons,
Sem os verdes crus e os bemóis dos vermelhos.
O mundo passaria indiferente.
Sem a angústia de se saber alguém
contra a teimosia dos que nos ignoram.
Sem ti,
Eu não teria trilhado
a astronomia de poesia
que a cada pincelada
você tantos anos antes,
parece ter traçado meu destino de sonhadora,
que buscava na fugacidade de Órion
sobre a minha cabeça,
a força da tua linda e grande Ursa.
Sem ti, não me veria bela
não me sonharia musa
não reconheceria minhas cores
de olho, de pele, de alma
nas paletas da vida.
Sem ti, eu não sentiria o gozo do vagar
por entre sonhos desenhados,
pintados,
escritos e
desejados.
Sonhos de um viver em paz,
viver de amor,
sob luas gigantes
e planetas relutante.
Pois de ti aprendi
a poemaginar vangogueios de lucidez,
e devanear no limite da razão e da loucura
– razão maior de ser humano –
ou simplesmente poeta.
Sem ti, o que seria sentir?
2 Comments
Riqueza de palavras e sentidos em poema de reconhecimento para quem lhe percebe, sem precisar de lunetas, o brilho, as nuances e os sonhos.
Linda essa versatildade de versificar e de se expressar, de ” devanear no limite da razão e da loucura
– razão maior de ser humano –”.