Elisa Maria Rodrigues Sharland
Levamos algum tempo, ao longo da vida para aprendermos, primeiro o seu significado, já que são tantas e tão diferentes. E depois, para repeti-las, com a intenção de podermos nos comunicar plenamente. As palavras são sempre um desafio. Tanto para aqueles que as falam como para quem as escreve e mesmo para aqueles que as lê.
As palavras são meio de expressão ou, às vezes confusão. São tantos significados, tons, nuances e intenções, que um texto, ou uma conversa, podem acabar parecendo uma tela onde cada um que as vê ou ouve, tem uma diferente impressão, formando matizes de diferentes cores, sensações e sentidos.
Fazem parte dessa tela as palavras ditas e aquelas não ditas. Longas ou curtas, Leves ou pesadas, Amorosas ou rancorosas, Doces ou amargas, Explícitas ou insinuantes, Tristes ou alegres, Engraçadas ou sem graça nenhuma…
Na expressão daquilo que às vezes pensamos e não dizemos ou, que dizemos sem pensar, ou ainda que, simplesmente pensamos e dizemos, vamos distribuindo impressões, intenções, cores e sabores, que, nos ajudam e possibilitam a interação com o outro, com os outros, com o mundo.
As palavras, como tintas, constroem quadros que expressam paisagens, pessoas, lugares, sentimentos e tantas imagens que, com o seu colorido nos permitem entrar em mundos ilusórios que podem representar realidades, fantasias, sonhos e desejos, e que, sem elas, não teriam vida.
Quantas vezes palavras necessárias se escondem no meio de uma conversa, desaparecem, nos desafiando a encontrá-las para que um pensamento, um sentimento ou mesmo uma confissão, faça sentido, não permitindo que possamos expressar o que sentimos.
Existem as palavras que sozinhas falam tanto e outras, que no meio de um texto, espremida por entre as letras fazem lágrimas surgir no canto de um olhar deixando surgir um sentimento guardado, escondido, mas nunca esquecido. Ah! As palavras, quanto dizem, mostram, e insinuam o que vive dentro de uma alma.
Brindemos então às palavras, que entre um pensamento e uma ação nos possibilita uma reflexão sobre os sentimentos adormecidos que, preguiçosamente se esgueiram pela mente e, lentamente chegam até o papel onde ficarão registradas, deixando impressas as emoções vividas e sonhadas e, que de outra forma, não seriam reveladas.
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