
O elevador para.
Os olhos se veem.
Os estômagos são arremessados
e se alojam nas gargantas
provocando frios escaldantes,
realçando os cheiros,
unindo os lábios,
libertando as línguas.
Línguas que florescem
e como dois girassóis errantes
dançam entre si buscando a luz nos céus das bocas.
E as peles, tecidas entre poros e pelos,
se fundem como um planeta
que gira ao redor de dois sois.
Por fim os suspiros,
brisas saciadas que refrescam olhares
e libertam os estômagos
até o próximo desejo.
2 Comments
Relato vïvido, visual, verïdico! Muito bom!
Intenso, sensorial, inebriante.