Hoje é o tempo do vazio
Metade vazia do copo
Da espera incompleta
Da metade da laranja
Do ying sem o yang
Da sombra ao meio dia
Hoje é o dia da falha
Do lapso, da elipse
Da curva do vento
Do silêncio sem pausa
Dos fins sem os meios
Da cor sem ação
Hoje é dia de espera
De tombo sem queda
De chuva sem gota
De sede sem água
De topo sem nada
De chão sem meus pés
Escrevinhadoras
- Angela Fleury
- Carolina Geaquinto
- Dora Machado
- Elaine Morais
- Eliana Gesteira
- ESCREVINHADORA CONVIDADA
- Escrevinhadora convidada: Júlia Alexim
- Escrevinhadora convidada: Luiza Monteiro
- Janaína Perotto: Escrevinhadora convidada
- Luiza Vianna – Escrevinhadora convidada
- Magaly Cunha Barroso
- Maria Júlia
- Mônica Lobo
- Uncategorized
- Vaneska Mello
Nuvem de temas
alteridade (5) amor (2) ana paula cruz (4) autoengano (4) botas (2) café (7) Comida (2) destruição e recriação (5) dialogo (5) elaine morais (3) elisa sharland (6) equilibrio (6) escrevinhadora convidada (39) escrevinhador convidado (8) exercício de fotografia (3) existirmos a que será que se destina? (5) Fé (7) gato (2) inez garcia (3) isolamento (5) Janela (4) jerusa nina (2) jurandir de oliveira (9) júlia v (7) Júpiter (7) lidia liacora (4) medida certa (3) memórias (4) objeto (3) palavras-palavras (5) palavras difíceis (7) primeira vez (5) Rubem Braga (3) sentimentos (2) sonia andrade (6) tema livre (8) Tempestade (2) texto a partir de poesia (3) trem (3) Vento (7) vestimenta (2) Viagem (6) vida (2) virginia woolf (4) é preciso (6)Meta
4 Comments
“Hoje é o dia da falha/Do lapso/Da curva do vento/Do silêncio sem pausa”. Tristeza, lucidez e beleza em versos que sintetizam nossos tempos.
(Ressaltei os mesmos versos que Júlia. Reparei ao postar o comentário. São realmente fortes)
Muito forte Mônica! Muito forte ver como nossa vida é/está metade! Chega a doer!
Preenche-la! Ou emudecer! Obrigada pela mensagem!
O poema fala dos absurdos, das incompletudes que estamos vivendo por meio da poética dos contraditórios, das faltas, das falhas. Um olhar arguto e poético para tempos tão difíceis.
Hoje é o dia da falha / Do lapso, da elipse
De tombo sem queda/ De sede sem água
De topo sem nada
Tanta imaginação poética e precisão da fala!
A vida’como ela é,meio assim, meio assado, Sem mais, nem menos!
Adorei.