Hoje é o tempo do vazio
Metade vazia do copo
Da espera incompleta
Da metade da laranja
Do ying sem o yang
Da sombra ao meio dia
Hoje é o dia da falha
Do lapso, da elipse
Da curva do vento
Do silêncio sem pausa
Dos fins sem os meios
Da cor sem ação
Hoje é dia de espera
De tombo sem queda
De chuva sem gota
De sede sem água
De topo sem nada
De chão sem meus pés
Escrevinhadoras
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4 Comments
“Hoje é o dia da falha/Do lapso/Da curva do vento/Do silêncio sem pausa”. Tristeza, lucidez e beleza em versos que sintetizam nossos tempos.
(Ressaltei os mesmos versos que Júlia. Reparei ao postar o comentário. São realmente fortes)
Muito forte Mônica! Muito forte ver como nossa vida é/está metade! Chega a doer!
Preenche-la! Ou emudecer! Obrigada pela mensagem!
O poema fala dos absurdos, das incompletudes que estamos vivendo por meio da poética dos contraditórios, das faltas, das falhas. Um olhar arguto e poético para tempos tão difíceis.
Hoje é o dia da falha / Do lapso, da elipse
De tombo sem queda/ De sede sem água
De topo sem nada
Tanta imaginação poética e precisão da fala!
A vida’como ela é,meio assim, meio assado, Sem mais, nem menos!
Adorei.